sexta-feira, 24 de outubro de 2014

Novamente


E novamente tu me vens.

Numa força diferente, mais amena, que me deixa  ainda respirar

Mas com uma beleza profunda, numa intensidade rasgante.

É Aquele amor, ele mesmo. Que pensei ter morrido.

Eis em meus dias, novamente.

O mesmo olhar. Aquele bom dia.

O cheiro.

Um sorriso...

E tudo muda em mim.

Meu olhar volta a ser teu.

De novo espero o começo do dia. E odeio seu final.

Tremo com teu cheiro.

Choro ao ver teu sorriso....

Amo-te novamente.

Como se tudo pudesse morrer e me deixar,

E ao bel prazer, retornar.

Enchendo-me de ti, até transbordar.

Até os sonhos me voltaram.... incomodando minhas noites...

És meu inferno de todos os dias.

Onde desejo arder pra sempre.

Nesse amor silencioso.

Ontem, hoje. Morto, renovado.

Sempre vindo de ti. Numa luz que nunca se apaga.

Que mudará sempre tudo em mim.

Andrea Campelo

22/10/14

terça-feira, 26 de agosto de 2014

Hoje eu queria jantar fora...


Fora das ruas, fora dos limites, fora do tempo.

Queria sair para as nuvens e percorrer os cheiros...

À noite ver o brilho dos meus sonhos todos reunidos, em uma estrela proxima e branca.

Sentir o frio das músicas mais tristes,

No calor dos braços mais alegres que encontrar.

Beijar a boca mais profunda

E cair no sorriso mais largo que ela puder me dar...

 

Hoje eu queria nunca mais voltar .

Viver neste conto que criei pra nós...

Até que esse batimento descompassado se acalme em meu peito

Que o frio no estomago cesse, e que seja hora de voltar pra casa.

 

Hoje eu queria que a saudade desse as costas.... e que meu desejo fosse reciproco.

Aí minha boca seria todas as delícias juntas

Numa explosão de amor que eu nunca vi!

Se você viesse comigo jantar...lá fora...

 

Andrea Campelo

26/08/14

 

 

 

quinta-feira, 21 de agosto de 2014

Âmbar

Não veio,
Fez-se notar.
Como se alí sempre estivesse:
A esperar.
 
Parece de mim ser membro,
Alma familiar
E me bebe como se pudesse
Não embriagar.
 
E o vejo,
Deixo ficar.
O tenho como se conseguisse
Depois desligar.
 
E cedo ele parte
Quero apagar.
E o amputo como se ignorasse:
Vai sangrar.
Andrea Campelo, 20/08/14

Despedida




Deixa-me te pedir silêncio, amigo
Para amigos seres.
Faz-me fugir, amor
Para em mim renasceres.

Leva a saudade, homem
Para essa falta não mais fazeres.
Apaga meu sorriso, Bem
Para dele então esqueceres.

E quando o silêncio morrer,
Renascido, amigo
Sem saudade, homem
Me terás sem fugas, Bem.
E lembrarás do meu sorriso.

Andrea Campelo, 20/08/14

domingo, 8 de junho de 2014

Em pleno Junho, faz sol...

Lá fora é quente e brilhante.
Um dia incomum de Junho
E eu só queria o mar...

Mas aqui dentro ainda está escuro.
E eu só queria não sentir saudade...

Andrea Campelo.
08/06/14

quarta-feira, 4 de junho de 2014

Poema Descartável



Tudo que me venha de ti passa a ser perda de tempo.
Pensar nas horas
Lembrar da esperança daquele azul limpo...


De nada me vale.

Teu nome pouca vida me trouxe
E nenhuma me deixa.
Além deste poema pobre.

Inútil como aquelas horas
Falso como toda esperança
Sujo como teu azul...

Descartável como eu.

Andrea Campelo, 4/6/14