Não há mais o que fazer.
Apenas isso.
Simples.
Duro e seco.
Desesperadamente, não consigo mais sofrer.
Não suporto mais.
Essa dor dentro de mim, não pode mais ficar.
Não aguento.
Não mereço mais.
Meu corpo não suporta.
Minha mente sucumbe.
A cabeça está quente.
Sinto as células mentais derreterem, perderem-se dentro de mim.
E nelas me vou.
Sinto-me perder dentro de mim mesma.
Como se estivesse indo embora, aos poucos, a desistir de tudo,
dessa dor.
Simplesmente porque não suporto mais.
Tenho tentando me curar! Por demais.
Melhorar. Ser alguém melhor, sentir algo melhor!
Estou exausta...
Queria apenas descansar de tantas tentativas.
Apenas deitar, nada sentir.
Poder ter a paz de não sentir.
Não sofrer, e não ser
feliz.
Apenas descansar...
Apenas descansar...
Bastava-me não estar tão presa a tanta culpa.
Esse peso, veneno que me corrói as veias!
Consome minha alma e horas de minha vida.
Eu seguiria, e poderia andar ao menos, sem lágrimas.
Os sorrisos não seriam necessários.
Mas tua voz vem, sádica, me jogar nesse inferno novamente.
E eu queimo nas chamas mais ardentes e cruéis.
Aquelas que pareces precisar!
Aquelas que pareces precisar!
Para teres a certeza de teres me dito, que por minha culpa eu
te perdi.
Que joguei fora tudo que fomos, e o que não fomos.
Que eu matei o maior amor que já recebi do universo.
Por minha culpa e incapacidade de reconhece-lo, ele está em
outras mãos.
E “mais feliz que nunca”, radiante tua luz precisaste me
mostrar!
Para que em minhas sombras em me afundasse, escura.
Noivo. Pleno.
"Feliz como nunca."
"Feliz como nunca."
Aqui é escuro. Eu choro e sangro.
Descartável. Bicho morto.
Cansado. Respiro.
Esperando. Que tudo apenas acabe e venha o silêncio.
Que
você sumisse. E eu pudesse descansar.
Andrea Campelo, Abril 2019
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