Eu de sangrar-te, ando seco
Meu pulso arrasta cansado de súplicas
Estanque!
Já não és dona de ti, maldita
Nem caminhas com tuas pernas
Para me dares a outras mãos?
O que te deixo faltar para tanto me tirares?
Vagabunda!
Derramas a mim, desmedida
Esvaindo as couraças que me fizeste criar
E me pões nu, exposto, sozinho.
Egoísta!
Se não és tu só, infeliz
Vê que faz-me eu estar!
Nascem em mim os tentáculos que me sufocam
E sequer meus gritos queres escutar.
Cretina!
Se tu, a mim que te nutro
Não amas
Quem poderá a ti amar?!
Meu sangue há de te faltar.
Patética
E isso te digo:
Ninguém há de ficar.
Andrea Campelo
23.02.20
Nenhum comentário:
Postar um comentário