sábado, 16 de julho de 2016

Sou eu, a Dor.


 
Certo tempo faz que não nos vemos...
Voltei, moça dos cabelos de fogo.
E vim para te queimar.
Esta casa agora é minha!
E você inteira vou tomar.

Estarei em teu ventre do momento em que despertas
Até enfim ires deitar.
Aproveitarei  cada instante,
Entrarei  em qualquer lugar.
Nos detalhes mais fisgantes
Com toda força, farei-me notar.

Serei a dona dos teus dias
Enquanto esse sangue teu jorrar.
Aceita sem revoltas, mulher
Há de assim facilitar.

Aproveite bem as lágrimas que derramas
Dou-as de presente, para que te possam aliviar.
E enquanto, em súplicas, chamas esse nome,
Fico eu em ti a dançar!

Andrea Campelo

16/07/16

 

 

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