quinta-feira, 13 de dezembro de 2012


Ao meu Filho
Amo-te de um amor tão louco,
Que sem te ver te desejo.
Quero-te de um querer tão intenso,
Que até em meus sonhos
Sufoco meu sentimento e sofro por tí.

Em meu peito guardo um fogo incontrolével,
Mais poderoso que todas as forças.
É maremoto, é terremoto, é tempestade,
É erupção...é geada.

Ao meu Filho dedico minha vida,
Minha alma.
Por ele renuncio a mim mesma
E o entrego todos os meus sonhos.
Por ele respiro, insisto em dar continuidade
A dias tão vazios.
Só não o são mais pela simples lembrança
De um certo verão.

É a esperança de reviver – mais uma vez
E sentir – mais uma vez
O doce gosto do meu único amor,
Que me dá forças e me mantém “viva”.

Ao meu Filho pergunto:
Como posso viver longe de ti?
Como vivo?
Vivo?

Ao destino pergunto:
Guardas um lugar para meu amor
Ainda nesta vida?
Tanta espera terá recompensa?

Ao meu Filho dedico meus sonhos
Lugar onde temos um encontro marcado.
Onde poderemos estar enfim juntos,
Sem distância, sem sofrer.
Onde poderemos voltar a ser um só
E não serei mais tão sozinha.

Ao meu Filho entrego os meus braços
Para que nos dele possa morrer
- mais que de repente –
De imenso amar.

Ao meu Filho dedico a eternidade
Onde estarei a espera-lo.
E assim o verão será eterno
E meus olhos serão os teus
- não mais que de repente -.
Andrea Campelo
1996

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