Gênesis
No princípio era apenas o verbo.
Eu ali pairava sozinha por sobre as águas.
E então houve luz. Jogaram-me nela.
Disseram depois, que a deste a mim. Verdade.
Deste-me a luz. E por aí não paraste.
Por tua mão meu universo se fez.
Moldaste o sono, a fome. Curaste as doenças. Plantaste o sorriso. Multiplicaste os pães.
Invocaste a música e o pensar.
Fundamentaste, ergueste. Iluminaste.
A vida, então, formou-se e seguiu seu rumo.
Deste asas a criação da qual cuidaste com suor, sem descansar em sétimo, ou oitavo dia.
Permitisses as incertezas, os perigos e pecados dos mais diversos caminhos.
Não pediste adoração ou sacrifício.
Deixaste tuas portas abertas para a partida e o retorno.
E hoje venho eu, a cria. Filha tua.
Viver o verbo que havia no princípio, antes de todas as coisas.
O verbo que usaste para me criar.
Oue hoje, no teu dia, conjugo para te iluminar.
Feliz dia das mães.
Andrea Campelo Peixoto
13/05/2012
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