quinta-feira, 13 de dezembro de 2012


No fim dos tempos
Sempre soube a imensidão do meu amor.
Acalmou-se minh’alma no momento em que descobriu:
Mesmo que eu esteja em todos os lugares,
Apenas um me pertence.
Mesmo que passe por todas as estradas,
Só serei levada a um destino.
Mesmo que eu ande por todos os caminhos,
Estarei no mesmo rumo.
Mesmo que meus olhos se percam
Haverá sempre a certeza de onde encontra-los.
Mesmo que eu de voltas por todo o mundo,
Voltarei sempre ao mesmo ponto.

Mesmo que a incerteza esteja presente em meus lábios,
Sabes desvendar meus olhos.
Mesmo que um dia caia eu na ilusão
De querer esquecer-te
Um segundo será a presença da eternidade
Para voltar-me à razão: amo-te além de mim.

O medo, desfez-se enfim
Descobri:
Mesmo que vivesse mil vidas
Em todas te amaria.
Mesmo que em nenhuma delas te encontrasse
Além de teria.
No infinito te esperaria.
No fim, tua seria.
E nessa hora, fim dos tempos,
Seria o início de uma existência.
Eu viveria...
...seríamos um só.
Andrea Campelo
1996

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